Investigar histórico médico familiar pode salvar sua visão

Visitar o médico oftalmologista antes dos seis meses de idade, voltando a cada quatro ou cinco anos (uma vez na primeira infância, outra na idade escolar, mais uma antes de deixar o colégio e assim por diante), pode não ser suficiente para manter uma boa saúde ocular em determinados casos.

Apesar de os exames de visão desempenharem uma parte importante na prevenção de doenças e na manutenção da saúde, há casos em que relatar detalhadamente ao oftalmologista o histórico familiar de saúde ocular faz toda a diferença a seu favor – assim como as pessoas costumam relatar ao clínico geral casos de infarto, diabetes ou câncer de mama.

“É verdade que algumas doenças têm um componente hereditário bastante relevante. Famílias que têm casos de DMRI (degeneração macular relacionada à idade), por exemplo, aumentam em 50% as chances de seus membros desenvolverem a doença. No caso do glaucoma, estudos indicam que há uma propensão entre quatro e nove vezes maior quando há um ou mais casos entre os parentes diretos”, diz Renato Neves, oftalmologista e diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo.

O médico reconhece que muitas dessas doenças não vão dar sinais até que a pessoa já tenha passado dos 40 ou 50 anos, ou mais. Mas isso não quer dizer que a pessoa não se beneficie se desde muito antes seu oftalmologista fizer um acompanhamento. “Grande parte dessas doenças relacionadas à perda gradual da visão passam despercebidas por anos e anos porque seus sinais são praticamente imperceptíveis. Entretanto, quando diagnosticadas, já têm um impacto considerável sobre a qualidade de vida do paciente e exigem medidas severas e dispendiosas. Quanto mais cedo o oftalmologista puder detectar e tratar a doença, maiores serão as chances de preservar a visão sem grandes impactos. Por isso, é importante que seja documentado todo o histórico de saúde ocular de determinadas famílias e seja realizado acompanhamento desses pacientes antes mesmo de atingirem 40 anos.”

A dica, então, é começar a prestar bastante atenção em como seus parentes enxergam e relatar ao oftalmologista tudo o que for relevante: se há casos de diabetes, glaucoma, catarata, DMRI, infecções oculares recorrentes entre seus pais, tios e avós etc. Um exame mais detalhado com os olhos dilatados – que é rápido e não provoca dor – pode contribuir para que seu oftalmologista tenha mais chances de procurar por esses problemas que não costumam se ‘mostrar’ antes que estejam devidamente instalados e provocando estragos na visão.

“A partir desse exame inicial, há todo um protocolo de exames e testes a ser seguido. Vale ressaltar que, uma vez detectado um problema sério de visão na família, os demais parentes diretos devem ser examinados e receber acompanhamento também. Por isso, a troca de informação é a melhor prevenção nesses casos. Além do histórico familiar, é importante saber que há outros fatores de risco para doenças da visão, como idade, raça, sexo etc. Só para se ter uma ideia, mais de 60% das pessoas com perda de visão são mulheres. Já os idosos afrodescendentes têm até cinco vezes mais chances de desenvolver glaucoma. Isso mostra a importância de conversar detidamente com seu médico oftalmologista na próxima consulta”, diz Neves.

Fonte: http://goo.gl/mjzLgd

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