Excesso de sol pode provocar distorção da visão

Popularmente conhecido como “carne no olho” o mal é causado pelo excesso de exposição ao sol. A doença é um processo degenerativo da conjuntiva que pode se estender até a córnea, causando distorção da visão.

Na maioria dos casos, aparece no canto interno do olho e acomete indivíduos que trabalham expostos ao sol e habitam, principalmente, países de clima tropical. “O pterígio é bastante comum no Brasil e em todos os países tropicais por causa dos raios ultravioletas. A incidência do problema é grande entre pescadores e surfistas”, afirma o oftalmologista Virgilio Centurion.

Geralmente, o paciente queixa-se de sensação de corpo estranho, ardor ocular e olhos vermelhos. Pode haver também sinais de conjuntivite crônica, espessamento da conjuntiva e sintomas de conjuntivite moderada. “O diagnóstico é feito através do exame físico e complementado pelo exame biomicroscópico. O tratamento é cirúrgico e pode ser indicado tanto por razões estéticas, quanto pela diminuição da acuidade visual”, diz o oftalmologista.

Tratando o problema

A indicação pela realização da cirurgia é feita quando há ameaça real à visão ou se esta já se encontra comprometida, ou seja, caso ele encubra parcial ou totalmente o eixo visual, geralmente o que acontece quando o crescimento do pterígio sobre a córnea ultrapassa 2,5 mm.

A técnica cirúrgica mais utilizada abrange a remoção do tecido aumentado e a reconstrução com transplante de conjuntiva. Ela proporciona bons resultados estéticos e taxas de reincidência da doença muito baixas. “A cirurgia que emprega o transplante conjuntival dura cerca de 40 minutos. A anestesia do olho é feita com colírio, podendo ser também tópica e local. Ao final da primeira semana os pontos, causa de irritação leve, são removidos e o transplante assume um aspecto natural em cerca de 15 dias”, explica a oculoplasta Fernanda Takay.

Mas, nem todos os casos podem ser resolvidos com transplante de conjuntiva. Segundo os especialistas, quando existem dois pterígios no mesmo olho, um nasal e outro temporal, quando eles são muito extensos e não existem áreas doadoras de conjuntiva sã, quando a pálpebra adere ao globo ocular ou existe cicatrização conjuntival acentuada, a técnica do transplante não deve ser realizada.

Casos mais difíceis e raros, como os citados anteriormente, podem ser tratados utilizando-se a membrana amniótica humana, obtida de parto cesariano. A membrana amniótica possui propriedades antimicrobiana, anti-inflamatória, anticicatricial e antiadesiva. Uma excelente opção quando não existe área doadora de conjuntiva e que também apresenta índices igualmente baixos de recidiva do pterígio.

Pode-se obter a membrana amniótica de qualquer parto cesariano desde que haja, comprovadamente, ausência de infecções. “O mais indicado, contudo, é adquiri-la de empresa idônea, que garanta a ausência de infecções maternas, como: HIV, hepatite, sífilis e patologias sistêmicas”, explica Fernanda.

A oftalmologista cita também outra técnica cirúrgica de remoção do pterígio que proporciona um bom resultado estético associado a uma taxa de recidiva baixa: “a rotação de retalho conjuntival. Nestes casos, a conjuntiva superior é rodada para ocupar o leito do pterígio previamente ressecado”, finaliza a médica.

Fonte: http://goo.gl/Cn8mlO 

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